quarta-feira, 28 de julho de 2010


Se eu pudesse, acordaria sorrindo todos os dias e sorriria com alegria a todos que cruzassem o meu caminho; não permitiria que crianças sofressem privações ou qualquer trauma; não deixaria que mães dedicadas tivessem que sepultar seus filhos, mudando a ordem natural das coisas; faria com que os apaixonados se envolvessem cada vez mais e fossem cada dia mais felizes e cada dia seria sempre... mas há muitas coisas que não posso mudar, há coisas com as quais nem sei lidar, mas são coisas que muito me incomodam e me fazem pensar sobre a melhor forma de reagir a elas e quem sabe amenizá-las até parecerem muito menores do que realmente são... talvez eu nunca consiga mudar tais fatos, mas isso não me impede de continuar tentando!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pense nisso...


Pense nisso...

“Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a ação; semeia a ação e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o caráter.”
(Tihamer Toth).

Bem, eu sei, faz tempo que não tenho escrito nada e não é por falta de cobrança da Lanna, minha grande amiga...

Hoje estive pensando muito na vida e em como esse mundo está adoecendo. A cada dia ouço mais notícias sobre dor, sobre doença, sobre vida sem qualidade e pessoas que sofrem de causas desconhecidas; por aí se diz que a depressão é o mal do século! Isso me soa quase como uma sentença e fico pensando: “quer dizer então que estou fadada a viver depressiva, isolada, infeliz e só? NÃO! Isso eu não aceito e digo que rejeitem também!

Mas, porquê então, crer que nosso século está contaminado e adoecendo? Algumas doenças são decorrentes da correria da vida moderna, outras são causadas pela forma errada com que nos alimentamos – aumentamos a ingestão de conservantes e toxinas, diminuímos o consumo de nutrientes ausentes nos fast food, mas creio que o verdadeiro grande mal de nosso século é a independência excessiva.

Ao longo da história, pudemos ver o homem lutando por liberdade: seja da escravidão propriamente dita, ou de sistemas legais muitas vezes tiranos, seja de regimes políticos, econômicos ou mesmo dos laços familiares. Com o tempo, essa sede de liberdade e independência foi se convertendo em um isolamento muito mais tirano do que qualquer sistema ou legislação, desaprendemos o que é conviver, esquecemos o que significa sociedade, coletividade e comunidade! Olhe ao redor e note pelos empreendimentos imobiliários: constroem-se apartamentos cada vez menores; e quanto à tecnologia? Há residências onde cada morador tem seu próprio computador o que lhe garante total isolamento da família e do mundo! E os carros versão smart (que geralmente levam apenas duas pessoas), algumas das explicações da indústria automobilística falam em customizar espaço nas grandes metrópoles congestionadas, mas olhe os carros parados no trânsito, você vai ver que cerca de 70% leva apenas uma pessoa e eu penso que isso não decorre apenas de desenvolvimento econômico e melhor distribuição da riqueza.

Grandes autoridades em saúde dizem que muitas doenças são a somatização de velhas emoções destrutivas e sentimentos ruins armazenados ao longo dos anos; especialistas afirmam que doenças do coração, hipertensão e até o ocasionamento de tumores decorrem de mágoas guardadas... bem, meu propósito não é estabelecer um tratado antropológico, mas refletir sobre os caminhos para sobrevivermos! O Apóstolo Paulo escrevendo aos Filipenses, durante o primeiro século da era cristã aconselhou: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4.8). Trocando em miúdos, Paulo, que estava preso ao escrever a carta, exauta a comunhão fraternal entre a comunidade e consegue demonstrar esperança no futuro e gratidão pelo passado, mesmo em meio a circustâncias muito adversas: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.11-13).

Não estou tratando aqui de confissão positiva, mas de uma atitude corajosa diante das adversidades. Notemos que Paulo precisou “aprender” a viver contente com as circunstâncias e isso não denota conformismo, mas vontade de mudar; é uma insatisfação que rejeita o fracasso e busca uma saída enquanto tira lições das circunstâncias!

Olhe ao seu redor, você não está sozinho no mundo e por mais que as pessoas vivam em isolamento, ainda creio que nossas diferenças não são fruto do acaso, mas servem para olharmos o próximo como alguém que precisa de nós, sem termos vergonha de também precisarmos dele, porque na verdade, esse é o grande bem da vida! “Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.” (Isaías 41.6) Então, que tal ir em busca de alguém que o complete e lhe faça bem? Se nossa sociedade adoeceu, vamos entrar em quarentena deixando de lado tudo o que faz mal! Busque a companhia de pessoas que acreditam na vida, que ainda acreditam no próximo e claro, que acreditem em Deus, contagie-se com essas pessoas e depois, vá contagiar alguém!