quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mensagem de natal

Sentido...


Mais um ano, mais um ciclo que se completa, mais conquistas, mais reflexão... mais... mas, o que comemoramos? Para que paramos? Paramos? Em que pensamos, será que ainda pensamos? Será que ainda respiramos? Bom, ainda há consciência? Então vamos!

O natal se aproxima, organizamos listas, fizemos compras, corremos com reformas, convites, festas e confraternizações... tudo dinovo, quase tudo igual a tantos outros anos (aí depende de cada um, pra mim foram bem poucos... rsrsrs)... O que muda são as listas, mais ou menos amigos, mais os que nos foram agregados ao longo do ano, menos os que a falta de tempo, as adversidades, as diferenças tiraram de nós; podem ter mudado as confraternizações, pode ter mudado a nossa vontade de estar em grandes grupos, lugares barulhentos e com música alta e comidinhas e bebidinhas de calorias mais altas ainda... Certas coisas continuam iguais, muito trabalho e correria ao longo do ano, pra termos o direito de parar no final e refletir, nunca sobre nós mesmos; dificilmente acerca de que lições o ano findo vai nos deixar; pouco provavelmente sobre como chegamos onde chegamos e pra onde pretendermos ir... e ouso dizer mais, poucos pensarão no motivo do natal, naquele que nasceu pra morrer e fez com que tudo isso pudesse ser 'efusivamente' comemorado agora... Bom, esse não é um apelo de cunho religioso mas chega bem perto de sê-lo... hoje quero convidar cada um de vocês e estendo esse convite a mim mesma, para que reflitam em um pouco do que foi dito, feito ou recomendado pelo aniversariante de Nazaré. Como aniversariante, ele não nos pediria presentes caros, mas recomendaria que estivéssemos presentes nos arredores pouco requintados dos que não têm esperança a fim de que talvez pudéssemos, ainda que carregados de nossos próprios desesperos, ser esperança pra quem tem menos ou nada a esperar; ele não reivindicaria uma festa cheia de comidas ou pessoas bem vestidas, mas gostaria muito de nos ver levar alegria a pessoas que sofrem dos males da desigualdade e para tanto, recomendaria como traje adequado a mansidão e a paz, quase nada confortáveis, mas muito bem aceitos em qualquer círculo social, ainda que fora de moda... É... talvez eu esteja falando com pessoas que não podem ver o homem que saiu da manjedoura e caminhou em direção à cruz, talvez esteja me dirigindo a alguns dos que não crêem que ele nos vê ou que tenha existido, mas certamente me dirijo a pessoas que não precisam caminhar muito pra ver muitos que não só deixaram de acreditar em qualquer divindade que os possa abrandar o sofrimento que é viver, mas chegam a não acreditar na humanidade que tendo nas mãos o poder de fazer algo novo, pecam no quesito originalidade e apenas insistem em não ver que tudo permanecerá igual...

É... então, é natal, só natal... vamos comprar, festejar, comer, beber e simplesmente nos preparar pra recomeçar ou quem sabe, pra fazer alguma diferença!
FELIZ NATAL... PRA TODOS!

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