domingo, 13 de setembro de 2009

Entrelinhas...

Quem é essa desconhecida que habita o meu ser, mas não se revela por completo e sequer vem me ver com a frequência que eu gostaria? É uma estranha, alguém que nem sei de onde veio, mas que reside em mim, faz parte de mim ou quem sabe até, de mim foi tirada... Por horas te vejo como se desde sempre tivesse a consciência de sua existência silenciosa, outras vezes te estranho e me encanto com seu jeito de ser tão parte de mim e ao mesmo tempo ser tão independente, mistério e fascínio. Tempos há em que te sinto perto, muito perto, junto de minha alma, habitando o profundo de meu ser e nessas horas somos uma e sei que posso ser você sem deixar de ser quem sou... Outras vezes vejo sua projeção nas coisas mais sublimes, livres e encantadoras e aí você está lá fora como uma idéia daquelas que nem o filósofo ousou idealizar e daqui de vejo coragem e ousadia que eu não ousaria ser ou demonstrar... Você sou eu ou eu sou você? Quem é parte de quem? Talvez eu nunca possa saber, mas folgo-me na alegria de saber que em mim habita outro alguém que eu talvez nunca seja, mas que certamente nunca deixarei de ser...

4 comentários:

  1. É... eu sempre desconfiei da existência de duas Elaines mesmo... uma toda culta, gente fina, mas dotada de um "Q" de seriedade, praticamente uma filósofa, e a outra, uma palhaça que adora cantar "O meu sangue ferve por vc" nos karaokês da vida! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Mas ó, não precisa ficar triste, pq eu gosto das duas, tá?! huahuahuauha

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  2. Ai meu Deus... to perdidaaaaaa... ninguém sabia dessa minha faceta aí de "O meu sangue ferve por vc" kkkkkkk... Mas obrigada queriiiiiiidddddaaaa, pela consideração por nós duas eu e eu mesma

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  3. Uns dizem que isto é a alma, mas o que legitimaria a percepção da alma? Ou seja, como eu percebo a alma sendo, eu, ela própria?
    Outros dizem que é o "anjo da guarda", mas o que diferencia da capacidade que temos de "conversar" conosco mesmo e, como fruto disso, escrever em blogs, por exemplo?
    Prefiro ficar com a concepção de que isto tudo que somos, não passa de mera mas, também, de magnífica essência humana. Esta só é perceptível como tal, na medida em que sabemos que o que podemos ser já é perspectiva do que somos hoje.
    O que se definirá será por meio do exercício da nossa liberdade no cotidiano.

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